28 de fevereiro de 2011

Se você usa Dior, saiba que quem as faz é um neonazista...

Em novo ataque de antissemitismo, Galliano é filmado dizendo 'amo Hitler'

Em vídeo divulgado pelo 'The Sun', Galliano aparece alcoolizado em bar.
Estilista foi detido na semana passada acusado de 'agressão leve' e insultos.

Assista ao vídeo aqui
 
Da France Presse, 28/02/2011.
O estilista britânico John Galliano foi filmado em um bar dizendo "eu amo Hitler" a um grupo de mulheres, antes de ofendê-las. Galliano foi suspenso na última sexta-feira (25) pela Casa Dior depois de ter sido detido em Paris, acusado de insultos antissemitas. O vídeo foi divulgado nesta segunda (28) pelo jornal britânico "The Sun".

"Pessoas como vocês estariam mortas hoje. Suas mães, seus antepassados teriam sido mortos pelo gás", afirma Galliano no vídeo, gravado por uma das pessoas do grupo no mesmo bairro de Marais, no centro de Paris, onde o estilista foi detido.

O "The Sun", que não informa quando o vídeo foi feito, acrescenta que no grupo havia franceses e italianos, nenhum deles judeu.

"Galliano estava sentado sozinho com sua bebida na mão quando nós nos sentamos na mesa ao lado", explica o autor do vídeo. "Ele não parava de se intrometer, fazendo comentários sobre nós e sobre o que dizíamos. Sabíamos quem era. Ele é fácil de reconhecer", acrescentou.

"Estávamos atônitos por causa das coisas que ele disse, mas aí ele começou a fazer comentários antissemitas horríveis. Suas palavras eram repugnantes (...) Era puro racismo", acrescentou.

Segundo o jornal francês "Le Parisien", outra jovem francesa denunciou no sábado os insultos antissemitas que Galliano teria feito em outubro de 2010 no mesmo café La Perle.

Neste incidente, Galliano debochou do físico da denunciante antes de proferir insultos racistas em inglês.

Biografia
Nascido em Gibraltar em 1960, John Galliano comanda o braço criativo da Dior desde 1996.

Filho de um encanador inglês e de uma espanhola, Galliano é um dos estilistas mais inventivos de sua época, deslumbrando as passarelas parisienses a cada temporada com suas criações ousadas e desfiles que são verdadeiros espetáculos de extravagância.

Ele se formou na prestigiada Saint Martin's School of Art de Londres, de onde saíram alguns dos estilistas mais vanguardistas do século XX, que ajudaram a elevar a capital inglesa à elite das capitais mundiais da moda.

John Galliano começou desfilando na Semana de Moda londrina. Em 1987, venceu o prêmio de melhor estilista britânico do momento. Em 1993, decidiu se mudar para Paris, onde vive até hoje.

Dois anos mais tarde, foi contratado pelo presidente da prestigiosa LVMH, Bernard Arnault, como diretor de criação da Givenchy, outra das marcas de luxo mais disputadas do mundo.

Desde 1999, Galliano dirige todas as linhas femininas da Dior, além da divisão de artigos de couro e da imagem da marca. Ao mesmo tempo, desenha suas próprias coleções.

22 de fevereiro de 2011

Marina Silva sobre a construção da Usina Belo Monte

Quinta, 4 de fevereiro de 2010 Pandora é aqui?
Marina Silva
De Brasília (DF)
Pandora é aqui?
O Ibama concedeu a licença prévia para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Trata-se de um projeto muito polêmico, localizado no rio Xingu, no Pará, próximo ao município de Altamira, numa região conhecida como Volta Grande do Xingu. O nome deve-se ao desenho do rio que, visto de cima, assemelha-se a uma “ferradura”.
Por meio de barragens, as águas do rio serão desviadas para um canal que unirá as pontas mais próximas dessa “ferradura”. Ao final desse canal, as águas passarão pelas turbinas antes de retornarem ao seu curso normal.
Como tudo na Amazônia, os números que envolvem a obra são gigantescos. A quantidade de terra e pedra que será retirada na escavação do canal é cerca de 210 milhões de m³ – um pouco menor da que foi removida na construção do Canal do Panamá. E ainda nem se definiu qual a destinação desse material.
Pelo leito do rio Xingu passa uma vazão de 23.000 m³/s de água no período de cheia. Um volume correspondente a quatro vezes a vazão, também nos períodos de cheia, das Cataratas do Iguaçu.
Os impactos socioambientais também terão essa mesma ordem de grandeza. E ainda não foram concluídos. Só sobre a fauna, segundo dados coletados durante o Estudo de Impacto Ambiental, podemos ter uma idéia. Na área existem 440 espécies de aves (algumas ameaçadas de extinção, como a arara-azul), 259 espécies de mamíferos (40 de porte médio ou grande), 174 de répteis e 387 de peixes.
Apenas a eficiência energética da usina não será tão grande. Uma obra colossal que custará certamente mais de R$ 30 bilhões – se somados todos os gastos, como o custo e a extensão da linha de transmissão, por exemplo – terá uma capacidade instalada de gerar, em média, 4.428 MW, em razão do que poderá ser suportado pelo regime hídrico do rio, nesta configuração do projeto. E não os 11.223 MW que estão sendo equivocadamente anunciados.
A energia média efetiva entregue ao sistema de distribuição será de 39% da capacidade máxima de geração, enquanto a recomendação técnica indica que essa eficiência seja de pelo menos 55%.
Para que Belo Monte possa apresentar um grau de eficiência energética
compatível com as recomendações técnicas, seria necessária a construção de outras três hidrelétricas na bacia do rio Xingu, que teriam a função de regularizar a vazão do rio. Por ora, a construção dessas usinas foi descartada pelo governo porque estão projetadas para o coração da bacia, onde 40% das terras pertencem aos indígenas.
No entanto, a insistência em manter o projeto nessa dimensão (apesar de haver alternativa de barragem com quase metade da capacidade instalada e perda de pouco mais de 15% na potência média gerada) provoca forte desconfiança, tanto dos analistas como das comunidades e dos movimentos sociais envolvidos, de que a desistência de construir as outras três hidrelétricas seja apenas temporária.
A população indígena – são mais de 28 etnias naquela região – ficará prensada entre as cabeceiras dos rios que formam a bacia, hoje em processo acelerado de exploração econômica e com alto nível de desmatamento acumulado. E a barragem, além de interromper o fluxo migratório de várias espécies, vai alterar as características de vazão do rio.
É incrível que um empreendimento com esse nível de interferência em ambientes sensíveis seja idealizado sem um planejamento adequado quanto ao uso e à ocupação do território.
A solução de problemas dessa dimensão não pode ser delegada exclusivamente a uma empresa com interesse específico na exploração do potencial hidrelétrico, com todas as limitações conhecidas do processo de licenciamento.
Com a obra, são esperadas mais de 100 mil pessoas na região. Não há como dar conta do adensamento populacional que será provocado no meio da floresta amazônica, sem um planejamento para essa ocupação e um melhor ordenamento do
território. Isso só pode ser alcançado através da elaboração de um Plano de Desenvolvimento Sustentável na região de abrangência da obra.
Essa foi uma grande omissão nesse processo, mas não a única. Não temos como deixar de indagar se não há outros aproveitamentos hidrelétricos que seriam mais recomendados, sob o ponto de vista dos impactos ambientais ou da eficiência energética.
No entanto, não há projetos com estudo de viabilidade técnica e econômica prontos para serem submetidos ao licenciamento ambiental. Apesar de o diagnóstico ser conhecido desde 2003, apenas em meados do ano passado foram finalizadas as primeiras revisões de inventário de bacia hidrográfica, como a do Tapajós.
Com isso, projetos polêmicos e com grandes impactos têm que ser analisados em prazos muitas vezes incompatíveis com o grau de rigor que deveriam ter, numa clara demonstração de como, muitas vezes, os ativos ambientais são afetados pela falta de planejamento de outros setores de governo.
Porém, nada foi mais afetado do que nosso compromisso ético frente à responsabilidade com o futuro de povos e culturas. Não foram sequer feitos estudos sobre os impactos que os povos indígenas terão. Só para exemplificar, o que significará para eles ter a vazão reduzida significativamente num trecho de 100km em função do desvio das águas para o canal? O plano de condicionantes tampouco menciona a regularização de duas Terras Indígenas (Parakanã e Arara), já bastante ameaçadas.
Estas e outras comunidades indígenas manifestam inconformidade por não terem sido ouvidas adequadamente, segundo os preceitos da Resolução 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, mas nunca implementada para valer.
O Brasil possui um importante potencial de geração de energia hidrelétrica a ser desenvolvido. Mas as dificuldades em retomar o planejamento do setor na velocidade que possibilite escolhas e uma análise segura por parte do setor ambiental, somada à indisposição em discutir uma proposta de desenvolvimento sustentável para as obras de infraestrutura localizadas na Amazônia, à percepção de que o governo não faz o suficiente para melhorar a eficiência energética do sistema (não só na geração) e para desenvolver as energias alternativas, acaba por produzir conflitos agudos e processos equivocados, que poderiam ser evitados.
Apesar dos discursos em contrário, ainda estamos operando no padrão antigo, que considera o meio ambiente como entrave ao desenvolvimento. Temos ainda um longo dever de casa a ser feito para ingressarmos definitivamente no século 21. Quem pensa que a história relatada no filme Avatar só pode ocorrer em outro planeta, engana-se: Pandora também pode ser aqui.
* Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente.*
*Fale com Marina Silva:
marina.silva08@terra.com.br<%20marina.silva08@terra.com.br>

Discussão sobre Belo Monte concentra atenções na internet

Levantamento mostra que 80,8% das mensagens sobre energia na rede estão relacionadas à usina.  

Um estudo realizado pela MITI Inteligência e divulgado na última semana revela que, dentre as mensagens relacionadas ao setor elétrico trocadas em sites de relacionamento, blogs e mídias online, 80,8% estavam relacionadas à construção da hidrelétrica de Belo Monte. Outra parcela dos recados dos internautas e notícias falava principalmente sobre blecautes e falhas no fornecimento de energia.  Dentre as interações em que Belo Monte era o assunto, 85,8% eram demonstrações contrárias à construção da usina, ante 2,6% que se disseram a favor do projeto. O levantamento foi realizado entre os dias 27 e 31 de janeiro deste ano, por meio de amostragem.  Em outro momento, a pesquisa mostra que o nome da presidente Dilma Rousseff e da senadora Marina Silva, além de Plínio Arruda aparecem juntos entre os principais termos-chaves do embate sobre a hidrelétrica: Ibama, licença, hidrelétrica, construção, usina e Xingu.  A expressão “PareBeloMonte” foi a mais cotada do período, seguida de “Belo”. Termos como “Brazilian”, “internacional”, “president´s”, segundo o MITI, mostram a dimensão internacional que as discussões continuam tomando.  A empresa, especializada em monitoramento de mídias online, aponta que fatos como a liberação parcial para início da construção de Belo Monte, concedida pelo Ibama em 26 de janeiro, e as quedas de energia em diversas partes do País, a maioria devido às chuvas de janeiro, impulsionaram a discussão na rede. Nos termos relacionados a problemas na rede elétrica, aparecem entre os mais citados: "sem luz", repetido 3.989 vezes, seguido de "faltou luz" (2.017), "falta luz" (1.477) e "apagão" (1.372).  Para mensurar a representatividade dos assuntos ligados a energia, foram monitoradas 2,6 mil notícias de 3,5 mil veículos online. Redes sociais, como Twitter e Facebook, também serviram como fonte, além de blogs, fóruns e sites que abrem espaço para reclamações dos internautas.

21 de fevereiro de 2011

Cientistas debatem se fóssil da Ardi era de humana ou macaca

 RICARDO BONALUME NETO
FOLHA DE S. PAULO, 21/02/2011.

Macaca ou humana? O fóssil da pequena Ardi, uma criatura 1,2 metro e 50 kg que viveu há 4,4 milhões de anos, despertou um furioso debate agora que um artigo na "Nature" colocou mais dúvidas sobre ela ser de fato um ancestral humano.
Batizada com o nome científico Ardipithecus ramidus, sua descrição detalhada na "Science" em 2009 se tornou a descoberta do ano. O fóssil foi declarado o mais espetacular achado paleontológico desde a escavação de Lucy, em 1974, com 3,2 milhões de anos. 
 Desenho simula a aparência de Ardi, fóssil achado na Etiópia; cientistas discutem se era ou não ancestral do homem

Os paleontólogos sempre especularam sobre como seria a forma do ancestral comum, se algo intermediário entre o humano e os grandes macacos africanos. "Nós vimos o ancestral, e não é um chimpanzé", declarou Tim White, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que chefiou os estudos.
Ardi é o grande achado de White e colegas. Por isso, é compreensível que não gostem da ideia de que ela seja apenas uma macaca velha.
"Ardipithecus ramidus é apenas 200 mil anos mais velho que o Australopithecus anamensis. Mesmo com a melhor boa vontade do mundo eu não consigo ver o Ardipithecus ramidus evoluindo para o Au. anamensis", disse à Folha um dos autores do artigo da "Nature", Bernard Wood, da Universidade George Washington.
O outro autor do mesmo trabalho é Terry Harrison, da Universidade Nova York. "Não há absolutamente nada de novo nesse artigo", reagiu White, em declaração à Folha sobre o artigo de Wood e Harrison, que criticam a humanidade de Ardi.
O principal argumento da dupla é que White e colegas não teriam considerado a hipótese de "convergência evolutiva", isto é, o mesmo traço anatômico --a forma de um osso, por exemplo-- surgir em espécies que não são diretamente relacionadas.
A ancestralidade humana de Ardi já tinha sido criticada no ano passado na própria "Science" por Esteban Sarmiento, primatologista da Fundação Evolução Humana, em Nova Jersey.
Para ele, o Ardipithecus é um quadrúpede palmígrado, que se apóia nas plantas das quatro patas, e não um bípede, como dito por White.
Sarmiento não gostou nem da réplica de White e colegas publicada na mesma "Science", nem do novo artigo de Wood e Harrison.
"Para ser capaz de decidir sobre as relações ancestral-descendente entre macacos vivos e fósseis, nós precisamos olhar para traços suficientemente complexos de modo a deixarem um registro de convergência na anatomia", declarou Sarmiento.
Segundo ele, a dupla, com base nos mesmos traços anatômicos, aceita que o Australopithecus seja da linhagem humana, mas não o Ardipithecus.

17 de fevereiro de 2011

Entrevista com Rodrigo Mac Niven - Produtor do Documentário "Cortina de Fumaça"

Fonte : http://www.brasilnorml.org/

Em entrevista concedida com exclusividade à Brasil NORML, o jornalista Rodrigo Mac Niven, produtor do documentário “Cortina de Fumaça”, falou um pouco mais sobre a legalização da maconha no Brasil e a falta de informação da sociedade em relação ao assunto.
Para ele, antes de haver o debate sobre qual a melhor política, é preciso fornecer à população subsídios para que ela possa fazer esta escolha com o pé no chão. Porém, a falta de acesso à informações precisas e confiáveis acaba cegando as pessoas contra a real situação das drogas.
Brasil NORML: Quando você decidiu produzir um documentário que falasse sobre Maconha?
Rodrigo Mac Niven: Por volta de 2008 eu estava lendo o livro do Denis Russo (Coleção Super Interessante Para Saber Mais Volume 4 – Maconha) e percebi que eu desconhecia noventa por cento daquelas informações que estavam ali. O que me chamou mais a atenção foi descobrir que a Maconha tem um papel super importante dentro das políticas anti-drogas. Eu decidi então que queria investigar mais o assunto e, já em Maio de 2009, viajei para Europa para começar a gravar o filme. A primeira parada foi a Feira Cannatrade, na Suiça. Foi tudo no “esquema colaborativo”, digamos assim. Liguei para o organizador da feira, expliquei minhas intenções e ele me colocou lá dentro.
BN: Qual era seu objetivo quando teve esta ideia?
RMN: A primeira ideia era criar um debate, tanto que eu explicava aos entrevistados que eu não estava levantando nenhuma bandeira, que apenas queria promover uma discussão. Mas ao longo do tempo reparei que eu mesmo era ignorante sobre o assunto, e, portanto, precisava levantar mais informações. Pois como era possível debater se, assim como eu, as pessoas eram carentes de informações básicas sobre a maconha? Então, mudei meu objetivo e resolvi pesquisar a fundo a questão sobre políticas anti-drogas e sobre as pesquisas medicinais . Mas a minha maior preocupação era passar esta informação com credibilidade, para que o espectador não pensasse que eu estava tentando convencê-lo do meu ponto de vista. Pelo feedback que tenho recebido, acho que atingi este objetivo.
BN: Depois de toda sua pesquisa, qual a sua opinião sobre o consumo de maconha e as políticas anti-drogas no Brasil?
RMN: Eu sempre achei que a proibição da maconha era meio “over”, mas, como todo mundo, eu ficava no achismo. Hoje estou mais convencido de que a legalização é a política mais adequada. Eu acho que o consumo, ou o desejo de usar qualquer tipo de droga não deve ser reprimido, porque isso não cabe ao Estado. Mas existe uma certa confusão entre liberar e legalizar. Legalizar é colocar dentro da lei, é regulamentar. Principalmente o uso medicinal, que não tem mais como ser contestado. Na minha opinião, o desafio, hoje, é comunicar. É oferecer informação relevante à população. Porque a atual política proibicionista é muito danosa à sociedade. O próprio filme fala sobre isso, que a origem do uso de drogas está no desespero, na pobreza. E a repressão vem para mascarar estas origens. Agora, eu penso que a legalização também não resolveria o problema da violência, mas, com certeza, ajudaria a diminuí-la.
BN: Você acha que o Brasil está, hoje, preparado para uma política de legalização?
RMN: Acho que não. Quero dizer, eu não tenho tanta informação sobre o sistema de saúde no Brasil e também não acredito que isso aconteça de uma hora para outra. Recentemente, até tentaram avançar nesta questão através do relaxamento da pena para usuários, mas a gente sabe que, no final, essa mudança apenas piorou a situação do pobre, pois o enquadramento como usuário não virou circunstancial. Eu acredito que a primeira medida a ser tomada deve ser a liberação do plantio, pois a maconha tem um ciclo diferente. É a única droga que você pode plantar, colher e consumir no mesmo lugar. Só esta medida já reduziria a procura pela droga através do tráfico. A segunda medida é a legalização do uso medicinal. Ainda existem muitos médicos que não aceitam as propriedades terapêuticas da maconha, mas isso já está mais que provado. Deve-se, no entanto, atentar para um possível monopólio por parte dos laboratórios, o que prejudicaria o cultivo caseiro.
BN: Como o filme foi uma produção independente, você encontrou alguma dificuldade durante o sua elaboração?
RMN: Por incrível que pareça, não. Não tive quase nenhuma dificuldade. Depois que fui bem recebido na feira da Suiça, resolvi falar com o Gabeira. E achei que seria muito difícil e tal. Mas foi um processo relativamente fácil e sem grandes dificuldades. É óbvio que houve um trabalho intenso de assessoria, telefonemas e envio de e-mails, mas todos foram muito receptivos. É como se todo mundo já estivesse querendo falar sobre isso há muito tempo. Mesmo quando viajei para o exterior, e me identificava como jornalista brasileiro, fui bem recebido. As pessoas conhecem o Brasil e sabem que é um país enorme. Elas viam no Brasil a possibilidade de influenciar as políticas anti-drogas latino-americanas.
BN: Você não teve medo de sofrer algum tipo de represália do governo?
RMN: Eu tive ajuda de um advogado que orientou todo o trabalho, para evitar esse tipo de problema. Ele foi mais um consultor, digamos assim. De qualquer forma, eu não me preocupei muito com isso, porque, afinal, aqueles depoimentos não eram a minha fala, mas sim de pessoas gabaritadas e experientes dividindo o seu conhecimento. Nada mais.
BN: Você tem planos de lançar outros trabalhos sobre o assunto?
RMN: Tenho alguns projetos andando em conjunto com o grupo Coletivo, do qual participo, que é basicamente um grupo de produção de ideias, onde existem pessoas pensando assuntos não só sobre políticas anti-drogas, que atualmente é o nosso carro-chefe, mas também sobre questões sociais, corrupção e, por aí vai… O Coletivo seria a minha iniciativa ativista, visando produzir informação com credibilidade. Futuramente, pensamos em produzir mais curtas-metragens para democratizar o acesso. Um longa traz bastante conteúdo, mas demora muito tempo para ficar pronto. Hoje a sociedade é altamente audiovisual, por isso este formato tem muito apelo. Como o excesso de texto não é atrativo, queremos levar conhecimento através de pequenos vídeos.
BN: E quando será a próxima exibição do Cortina de Fumaça?
RMN: Fechamos mais uma exibição independente em São Paulo, no espaço Matilha Cultural, mas a datas ainda serão confirmadas.

14 de fevereiro de 2011

Coreia do Norte: a republica ermitã


O isolamento internacional e o militarismo norte-coreano tem profundas raízes no passado
por Christophe Courau
Retirado de: http://historianovest.blogspot.com/2009_05_01_archive.html
Acessado em: 02/2011.

Han-ung, filho do deus do céu, sente-se aborrecido no paraíso. Ele desce, então, à Terra e surge ao pé de uma árvore de sândalo, sobre o monte Taebaek. Alguns animais, entre os quais uma ursa, pedem a ele que lhes concedam forma humana. O novo rei ordena: Façam um retiro de cem dias no fundo de uma caverna, levando como alimento 20 dentes de alho e um buquê de artemísia. Só a ursa segue as suas instruções e é, assim, transformada em mulher. Han-ung casa-se com ela e lhe dá um filho: Tan-gun, que se torna o primeiro coreano. Este evento é datado com precisão, 2333 a.C., e ainda é comemorado na Coreia com o nome de festa da abertura do Céu.
Esta é a lenda. A realidade é menos poética. Desde o fim da II Guerra mundial, a Coreia dividiu-se em dois países: uma ditadura ao Norte e uma democracia ao Sul. Há mais de 50 anos, o regime despótico estabelecido – com a ajuda da China de Mao – por Kim Il-sung e prolongado por seu filho, Kim Jong-il, não deixou de oscilar entre posições opostas. O último avatar dessa política é a chantagem nuclear, com o anúncio do relançamento de uma central nuclear e de ameaças diretas contra os Estados Unidos. Antes de a Coreia tornar-se um país, a China esteve presente nesta península da Ásia oriental quando, em 108 a.C., o imperador Wou-ti, da dinastia Han, invadiu a região. Wou-ti funda no oeste e no centro da região quatro prefeituras, com o núcleo político em Loiang (perto da atual Pyongyang). Este protetorado chinês não impediu, entretanto, os coreanos de constituir, entre o século I e o início do século IV, o país dos Três Reinos: o Koguryo, ao norte, o Paikche, a sudoeste e o Silla, a sudeste. Esses reinos rivalizaram entre si até o século VII. A supremacia passa de Koguryo para Silla, que atinge o apogeu entre 670 e 780. Fundada em 918, na Coreia Central, a dinastia de Koryo submete o reino de Silla, e unifica a Coreia. A capital passa a ser Songdo (atual Kaesong).
A partir de 1231, inicia-se uma guerra de 30 anos contra os mongóis de Gengis Khan, que dominam os coreanos. Os mongóis estimulam os coreanos a conquistar o Japão, mas duas tentativas nesse sentido, em 1274 e 1281, fracassam. Em 1364, um jovem guerreiro coreano, Li Song-gye, aproveita-se do declínio dos mongóis, expulsa-os da península, e restabelece a unidade coreana. Coroado rei, funda, em 1392, a dinastia Li (ou Yi), que reinará na Coréia até 1910. Conforme explica André Fabre em sua História da Coreia , o país torna-se Choson, ou país da manhã fresca, expressão que uma tradução errônea transformou em país da manhã calma. O poder de Li não mais se apóia no budismo, mas no confucionismo. A nova capital passa a ser em Seul. Desde 1401, o governo emite papel-moeda, abre cinco escolas na capital e institui novo alfabeto de 28 letras, empregado até hoje. Mas a renovação coreana não teve tempo para se desenvolver: os japoneses, em 1592 e 1598, e depois os manchus, em 1627 e 1638, invadem o país. Choson não consegue se restabelecer após essa dupla invasão. A Coreia isola-se do mundo e torna-se o reino eremita que não pode ser visitado por nenhum ocidental.
Um primeiro contato, porém, ocorre em 1653, quando um navio holandês afunda em suas costas. Os marinheiros são bem tratados, mas aprisionados. Em 1668, oito desses marinheiros conseguem escapar e chegar ao Japão. Entretanto, apenas no século XIX outros ocidentais interessaram-se pelo reino eremita. Em 1816, 1832 e 1833, os ingleses propõem o estabelecimento de relações comerciais aos coreanos, que recusam.
O perigo vem também do interior. Uma religião, o catolicismo, importada pelos chineses, ganha adeptos entre os letrados do reino. Chamada de a ciência do Senhor do céu, a nova crença é mal vista pelas autoridades. As obras católicas são confiscadas na fronteira. Em 1791, dois cristãos são executados por terem queimado as inscrições de seus ancestrais, crime supremo aos olhos do confucionismo, explica André Fabre. Em 1801, há nova repressão aos católicos, com 300 mortos. Em 1837, um missionário, o padre Philibert Maubant, é o primeiro estrangeiro a entrar na Coreia e inicia clandestinamente a catequização. Mas, descoberto em 1839, é executado. O governo francês exige justificativas da Coréia, mas não é atendido. Em 1866, ocorre um grave incidente. Uma navio americano, o General Sherman, aparece na embocadura do rio Taedong. Depois de alguns incidentes com a população local, o navio é incendiado e a tripulação assassinada.
No mesmo ano, o almirante francês Roze embarca para a Coreia com sete navios e desembarca na ilha de Kanghwado em 13 de outubro. A fortaleza e a cidade são tomadas após fraca resistência, e, alguns dias mais tarde, os franceses decidem atacar o mosteiro situado numa colina da ilha. Os comandados do almirante Roze não sabem que o mosteiro é ocupado por uma guarnição de caçadores. Os 170 franceses avançam a descoberto e são recebidos por fogo cerrado. Vinte e quatro horas mais tarde abandonam a ilha.
Os ocidentais recuaram, mas a determinação dos japoneses será incansável. Em 1875, um navio japonês ancora perto de Icheon e os tripulantes são atacados pelos habitantes. Um ano depois, os japoneses retornam, mais bem preparados, e obrigam os coreanos a assinar um tratado de comércio. Em 1822, porém, uma insurreição popular os expulsa. Quando os japoneses voltam, a Coréia aceita pagar uma indenização e concede a Tóquio o direito de dispor de uma guarnição militar em Seul. O Império do Sol Nascente afirma, assim, sua presença no “país da manhã fresca”. O Japão apóia o partido reformista, ao passo que a China apóia os conservadores. Após a guerra sino-japonesa de 1894-1895, o Japão, pelo tratado de Shimonoseki, de 1895, afasta a China, que é obrigada a reconhecer a independência da Coreia. Resta ainda um obstáculo para a expansão nipônica: a Rússia. É acordada uma partilha provisória russo-nipônica em 1896, mas, em 1904, as duas potências entram em guerra. O Japão é vencedor e, no tratado de Portsmouth, vê reconhecido seu predomínio na Coreia. Em 1907, os japoneses assumem o controle da administração e, em 1910, pura e simplesmente anexam o país.
O período da dominação japonesa (1910-1945) é marcado pelo desenvolvimento econômico da Coreia. As elites coreanas, entretanto, são excluídas dos cargos de direção e formam, a partir de 1919, um movimento de resistência nacional. Em conseqüência, criam um governo provisório no exílio, primeiro em Xangai e, depois, em Washington, sob a presidência do Dr. Syngman Rhee. Em plena II Guerra Mundial, durante a Conferência do Cairo (1943), os aliados decidem restaurar a independência da Coreia, projeto executado após a derrota do Japão. Mas a Coreia é dividida em duas zonas de ocupação, uma soviética, ao norte, e outra americana, ao sul, delimitadas pelo paralelo 38.
Conflitos entre Japão, Rússia e China: militares do Japão e da China esmagam representante da Coreia, observados por soldado russo (caricatura/1904).

 Assim, o verão de 1948 assiste à criação de dois Estados coreanos antagônicos: ao sul, a República da Coreia, presidida por Syngman Rhee; ao norte, a República Democrática Popular da Coreia, presidida pelo comunista Kim Il-sung. Após a evacuação simultânea das tropas soviéticas e americanas (1948-1949), a Coreia do Norte tenta reunificar o país pela força. Em 25 de junho de 1950, os norte-coreanos iniciam as hostilidades. Obrigados a abandonar Seul no dia 28, os sul-coreanos obtêm a intervenção dos Estados Unidos e de uma força das Nações Unidas, composta essencialmente por americanos. A contra-ofensiva empurra as tropas da ONU para a fronteira com a China. Os chineses contra-atacam e obrigam as forças da ONU a recuar novamente para além de Seul. Progressivamente, os americanos vão ganhando terreno e estabilizam a fronteira no paralelo 38, o que significa o retorno ao ponto de partida. O armistício de Panmunjon (27 de junho de 1953) restabelece a divisão da Coreia em dois Estados separados pela linha de cessar-fogo.
Ao norte, a ditadura comunista retoma a tradição do reino eremita. O déspota Kim Song-ju decidiu trocar seu nome pelo de Kim Il-sung, evocando a figura de um resistente dos primeiros anos da guerrilha contra o Japão. Mais tarde, Kim Il-sung propagará a história de que seu avô estava entre os combatentes que expulsaram a tripulação do General Sherman, assinala Pierre Rigoulot, autor de Coreia do Norte, Estado Rebelde (Buchet Chastel, 2003). Kim Il-sung, o Grande Líder, inspira nova ideologia, a djoutché que, em novembro de 1970, substitui o marxismo-leninismo. Conforme esclarece Pierre Rigoulot, a filosofia da djoutché consiste em afirmar o domínio de si, a independência em relação às influências estrangeiras, a auto-suficiência, mas o país é, nesta época, totalmente dependente da China e da URSS; essa filosofia exalta ainda o ser coreano e a vontade humana, mas acrescenta imediatamente que esta vontade exprime-se por meio do líder.
Após anos de constantes incidentes na linha de demarcação, as duas Coréias decidem cessar as hostilidades. Em 1972, os dois países assinam um acordo pelo qual renunciam a qualquer provocação. Entretanto, em 1987, os norte-coreanos derrubam um avião civil da Korean Airlines ocasionando 117 mortos. Pierre Rigoulot lembra que não foi apenas uma primeira tentativa: em 9 de outubro de 1983, uma bomba explode em Rangun, na Birmânia, na comitiva sul-coreana liderada pelo presidente do Sul, em visita oficial. Vinte e uma pessoas morrem, dentre elas quatro ministros.
Outra particularidade da Coreia do Norte é o culto à personalidade. Quando Kim Jong-il sucede seu pai, morto em 1994, a propaganda continua. A agência de imprensa oficial, a Korean Central News Agency, relata que, em 24 de novembro de 1996, o Bem-Amado Dirigente encontra-se em Panmunjon, a algumas centenas de metros das forças sul-coreanas e americanas. A região, então, é envolvida por espesso nevoeiro, o que permite ao Querido Líder transitar pelas posições inimigas sem ser observado.
Desde o fim da ajuda chinesa e, depois, da soviética, a economia norte-coreana está decadente. A fome teria provocado, em 1995, a morte de 3 milhões de pessoas. O único setor em desenvolvimento é a indústria militar. Em agosto de 1998, o Japão constatou o lançamento de um míssil norte-coreano, cuja trajetória passava através do espaço aéreo japonês e terminava no Pacífico. Pierre Rigoulot aponta que a arma, com alcance de 2.000 km, era, provavelmente, um Taepodong 1, embora a Coreia do Norte tenha dito que se tratava de um lançador de satélites. A partir de então, os especialistas têm certeza de que esses mísseis poderão, em breve, atingir a costa oeste dos Estados Unidos.
E quanto à carga lançada? Os norte-coreanos assinaram, em 1985, o tratado de não-proliferação nuclear; e até aceitaram, em 1994, desativar duas centrais nucleares em troca do fornecimento, pelos Estados Unidos, de 500 mil toneladas de petróleo por ano. Mas, em dezembro de 2002, Pyongyang enviou de volta os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica, alegando que a ajuda era insuficiente: Em 2001, a Coreia do Norte, embora tenha ameaçado regularmente os seus vizinhos de mergulhá-los em um ‘oceano de chamas’, é o país que mais recebe ajuda em todo o mundo. A chantagem funciona a contento. No final de fevereiro, Washington anunciou o envio de 100 mil toneladas de alimentos para Pyongyang.

China ultrapassa Japão e já é a segunda maior economia do mundo

O PIB japonês foi de US$ 5,4 trilhões, e o PIB chinês, de US$ 5,8 trilhões.

Está confirmado: a China superou o Japão. Já é a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
No domingo (13), saiu o número oficial do crescimento econômico do Japão. Ficou bem abaixo do chinês: 3,9% em 2010. No ano passado, a China cresceu 10,3%. O PIB japonês foi de US$ 5,4 trilhões, e o PIB chinês, de US$ 5,8 trilhões.
O Brasil é atualmente a nona economia mundial, com um PIB de U$ 2,2 trilhões.

8 de fevereiro de 2011

Saiu a lista de aprovados da FUVEST 2011

Agora é sério! Todo o trabalho de um ano finalmente recompensado Segue link com lista de aprovados - detalhe: três ex-alunos estão nessa lista!!!

Link: http://estaticog1.globo.com/2011/02/fuvestBn.pdf

Se não conseguiu, não desanime! Continue firme com os estudos que uma hora sai...

7 de fevereiro de 2011

Sudão: Presidente aceita independência do Sul do país

Omar al-Bashir afirma que irá respeitar resultados do referendo

O presidente sudanês, Omar al-Bashir, declarou esta segunda-feira que vai aceitar os resultados do referendo sobre o futuro do Sul do país, horas antes do anúncio dos resultados definitivos, numa cerimónia em Cartum, na qual será proclamada a independência do Sul, que venceu com 98,83 por cento dos votos a favor.
“Vamos anunciar hoje [segunda-feira], perante o mundo inteiro, que aceitamos os resultados e que respeitamos a escolha dos sudaneses do Sul”, declarou o presidente sudanês.
“Os resultados do referendo são conhecidos. O Sul do Sudão escolheu a secessão, mas o nosso compromisso é manter os laços entre o Norte e o Sul e as boas relações baseadas na cooperação”, acrescentou.
A cerimónia está marcada para as 19h30 hora local (16h30 em Lisboa), onde o presidente al-Bashir e o presidente da região semi-autónoma do Sudão do Sul, Salva Kiir, vão formalmente proclamar o resultado oficial do referendo que decorreu entre 9 e 15 de Janeiro.

Coleção História Geral da África

Em 1964, a UNESCO dava início a uma tarefa sem precedentes: contar a história da África a partir da perspectiva dos próprios africanos. Mostrar ao mundo, por exemplo, que diversas técnicas e tecnologias hoje utilizadas são originárias do continente, bem como provar que a região era constituída por sociedades organizadas, e não por tribos, como se costuma pensar.

Quase 30 anos depois, 350 cientistas coordenados por um comitê formado por 39 especialistas, dois terços deles africanos, completaram o desafio de reconstruir a historiografia africana livre de estereótipos e do olhar estrangeiro. Estavam completas as quase dez mil páginas dos oito volumes da Coleção História Geral da África, editada em inglês, francês e árabe entres as décadas de 1980 e 1990.

Além de apresentar uma visão de dentro do continente, a obra cumpre a função de mostrar à sociedade que a história africana não se resume ao tráfico de escravos e à pobreza. Para disseminar entre a população brasileira esse novo olhar sobre o continente, a UNESCO no Brasil, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (SECAD/MEC) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), viabilizaram a edição completa em português da Coleção, considerada até hoje a principal obra de referência sobre o assunto.

O objetivo da iniciativa é  preencher uma lacuna na formação brasileira a respeito do legado do continente para a própria identidade nacional.

O Brasil e outros países de língua portuguesa têm agora a oportunidade de conhecer a Coleção História Geral da África em português. A coleção foi lançada em solenidade, em Brasília, com a presença dos ministros de Educação e Cultura.

O download pode ser feito gratuito pelo site da unesco http://www.unesco.org/pt/brasilia/dynamic-content-single-view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese/back/9669/cHash/b09c14fd46/

Aproveitem!

6 de fevereiro de 2011

Faculdade abre inscrições para cursinho gratuito


No total, 60 vagas são oferecidas para quem não tem condições de pagar os estudos
Agência BOM DIA

Estão abertas as inscrições para o Cursinho Pré-Vestibular da FCA (Faculdade de Ciências Agronômicas) da Unesp de Botucatu.

Ao todo, são oferecidas 60 vagas para estudantes que não tem condições de arcar com os custos dos cursinhos particulares. Os inscritos serão selecionados através de uma prova de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais e posteriormente por uma entrevista.

As inscrições poderão ser realizadas até o dia 17 de fevereiro de 2011, através do site  www.fca.unesp.br. Qualquer pessoa pode fazer a inscrição, bastando apenas informar o número do R.G., telefone e e-mail para contato. No momento da inscrição não é necessário nenhum comprovante de renda ou documentos escolares.

A prova de seleção será realizada no dia 19 de fevereiro, na Central de Salas de Aula da FCA – Fazenda Lageado, com início previsto para as 14h e término às 17h. Será uma prova de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais e redação.

A avaliação sócio-econômica será realizada no dia 26 de fevereiro, a partir das 14h, na Central de Salas de Aula da FCA – Fazenda Lageado.
As aulas terão início no dia 1º de março de 2011, na EMEF Angelino de Oliveira – Rua Dr. Jaguaribe, 657, ministradas por alunos de graduação e pós-graduação da FCA, de segunda a sexta-feira das 19h às 22h30.

Será adotado um sistema de ensino com o material didático apostilado, livro de exercícios, simulados trimestrais e material de apoio aos alunos.

O Cursinho da FCA existe em Botucatu desde 1999 e conta com a colaboração voluntária de alunos e docentes da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp. Desde 2006 está sob a coordenação do professor Saulo Guerra, docente do Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial da FCA.

A iniciativa conta com o apoio da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, FEPAF (Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais) e da PROEX (Pró-Reitoria de Extensão da Unesp).