15 de outubro de 2010

Mais sobre o samba

A cultura brasileira constituiu-se ao longo do tempo das mais diversas fontes e influências para a construção de sua concepção musical. Aproximando a música indígena, os ritmos africanos e a música tradicional européia, o povo brasileiro constrói uma “geléia geral” musical, evidenciada por Varnhagen no século XIX1 e perpetuada na sociedade contemporânea. Esclarecer esse caminho e discutir sobre os novos rumos da música no Brasil tem sido objeto de estudo para as diversas áreas que tratam da cultura brasileira. Essa produção buscará contribuir para esses estudos, utilizando uma abordagem historiográfica da cultura brasileira, sua construção e direções no processo histórico do país.

José Ramos Tinhorão relaciona a evolução social do Brasil com a dominação econômica e a dependência da cultura estrangeira2. Durante o período colonial, a sociedade brasileira - composta em sua maioria por negros e europeus – é moldada a partir de influências sócio-culturais dos povos que criarão a identidade nacional. Francisco Adolfo de Varnhagen - historiador do século XIX e membro-fundador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) - foi responsável pelas primeiras pesquisas sobre a identidade do povo brasileiro, onde busca informações acerca dessa composição conjunta com o estrangeirismo, que influenciava a cultura de maneira majoritária. Sua explicação para esse fenômeno não foi aceita primeiramente e o IHGB, órgão pensante acerca da identidade nacional no Brasil Imperial, tentou até mesmo a eugenia, julgando a presença do negro e do índio insignificante para a construção dessa identidade.

As medidas adotadas somente fortaleceram a presença multicultural nas camadas sociais, que, como seria para Mark Block (obra p.), seriam a responsável pela história vista de baixo, já que por um lado ritmos como o lundu, a congada e o fado faziam parte do cotidiano das baixas camadas sociais e, por outro lado, o choro, o romantismo e as cantigas portuguesas passam a invadir os bailes e salões na segunda metade do século XIX. Não que os ritmos africanos e indígenas eram bem aceitos pela alta sociedade brasileira do período imperial, mas a mistura de ritmos passou a ser apreciada por essa camada social à medida que mostrava suas influências tanto na senzala quanto na casa grande3.

Durante o início do século XX – a chamada “belle époque brasileira” -, após a proclamação da república, a música popularesca era composta de valsas, polcas e mazucas vindas da Europa, mas também dos Estados Unidos, que iniciara seu processo de criação musical em torno da música folk, do campo. No Brasil, a música sertaneja, de seresta, empolgava as pequenas multidões rurais, conglomerados de pequenas centenas de habitantes, mas que compartilhavam o mesmo cotidiano. Retratar o cotidiano foi a postura adotada pelos escravos do jongo ou da congada no período colonial, e esta será a postura adotada durante a belle époque brasileira no campo.

Nas cidades, as quais cresciam vorazmente - apesar da dominação social exercida pelos latifundiários -, o sentimento era mais importante, já que a grande maioria da população era composta pelo proletariado e, apesar dos bailes e festas dos donos de propriedades, reunia-se nos subúrbios, na periferia, onde a criação musical representava o cotidiano suburbano. Nascia assim os primeiros sambas, em contrapartida aos ritmos europeus e estadunidenses presentes no imaginário da época.

A música negra cantada nas senzalas passa a se adaptar à vida nos morros do Rio de Janeiro e São Paulo, primeiramente na cidade maravilhosa. Os núcleos urbanos no Rio, devido a sua arquitetura4, proporcionavam a aproximação do operariado, do contingente de funcionários domésticos e pequenos comerciantes. Os teatros em revistas eram o primeiro passo para tornar essas músicas nacionalmente conhecidas, não só no campo musical, como também no campo teatral5. As revistas teatrais serviriam como trampolim para a inserção da música popular do morro nos núcleos aristocráticos.

As revistas do Rio de Janeiro do início do século XX eram direcionadas para o teatro, onde a música entraria nas primeiras edições em segundo plano. Com o passar do tempo e com o sucesso nacional das músicas divulgadas nesses selos, que futuramente seriam responsáveis pelas tiragens de discos, como a gravadora Chantecler, os músicos entraram na onda das revistas de teatro, atraindo público cada vez mais constante nas apresentações ao vivo. O preço do ingresso para esses shows era irrisório, pois os mesmos eram feitos ao ar livre e com a participação de músicos que ainda estavam no anonimato, atraindo multidões para as praças públicas do Rio de Janeiro. Em um desses eventos, ocorrido antes do carnaval de 1911 com o intuito de divulgar as músicas do carnaval daquele ano, contou com a participação de uma música de Nicolino Milano que logo após a apresentação estava sendo entoada em todos os cantos da cidade6. Esse foi o primeiro fado adaptado para o carnaval, apesar da existência da já famosa marchinha de Chiquinha Gonzaga “Ó abre alas”, criada em 1909, também com cadências do fado. Dessa mistura de ritmos europeus, como o fado e a polca, nascia a marchinha, que viria a ser o carro-chefe dos carnavais cariocas.

Chiquinha Gonzaga já era considerada uma grande maestrina nos autos de 1910. Seu estilo livre, desprendido das regras tradicionais e misturando os ritmos existentes em suas canções, se tornaria a precursora das marchinhas escritas em pautas, lançadas inicialmente nas revistas teatrais, direcionada para a sociedade “belle époque” brasileira, que, por pura ironia, apresentava críticas sociais a essa mesma classe ouvinte, aproximando-se ainda mais do público e iniciando o processo de popularização da música direcionada somente a alta sociedade da época até então. Tangos, maxixes, polcas e fados, além das músicas de senzala do período colonial, como o jongo, seriam os responsáveis por influenciar os artistas populares e iniciar o processo de criação de um novo ritmo musical nascido na periferia da cidade: o samba entoados nos morros.

O samba - nomenclatura que em dialetos bantu significa “umbigada” – expressava no morro todo o descontentamento com os governos oligárquicos e se aproveitavam da sutileza do jongo para alfinetar a classe mais abastada. A identificação popular com as músicas para o teatro era tanta que, após 1915, as rádios passam a inseri-las em sua programação, aproveitando músicos como Pixinguinha, Ari Barroso e Sinhô, além, é claro, da própria Chiquinha Gonzaga, tornando-se a grande sensação em todos os meios sociais cariocas, do morro às mansões da zona sul, lançando assim um dos maiores patrimônios culturais brasileiros.

A música popular modifica-se ao longo do tempo, mas mantém o mesmo viés da música dos séculos anteriores, que buscavam inserir em suas canções todos os gêneros musicais existentes, refinando cada vez mais a qualidade musical e a peculiaridade única da nossa MPB.

Em 1917, é gravado o primeiro samba. Donga e seu “Pelo telefone” utiliza-se de elementos do samba enredo e marchinhas para dar vida ao personagem que fará história até hoje no cotidiano da música popular brasileira: evidenciava-se assim a vida do malandro como expoente para o novo estilo musical.

Após a gravação de “Pelo telefone”, o samba inicia um novo caminho traçado por seus autores involuntariamente: se torna um produto comercializado nas rádios, meio de comunicação que surge no início do século e que, a partir de 1920, passa a entreter a vida das famílias de classe média dos centros urbanos.

Em 1930, Getúlio Vargas torna-se presidente do Brasil através de um golpe popular. Sua política logo se mostrou populista e nacionalista, inspirada pelos governos autoritários da Itália de Mussolini e de Portugal de Salazar. Vargas utiliza o rádio como meio de divulgação de suas idéias populistas, e começa a fazer propaganda política em meio a programação cultural das transmissoras, que, receosos com a queda da audiência, passam a incorporar em sua programação o samba, ouvido por todos os grupos e admirado tanto por membros da elite carioca quanto pelos empregados dos mesmos, ajudando a incorporar o nacionalismo como forma de união de diferentes grupos sociais.

Assim o samba começa a ser conhecido por todo o Brasil, fundindo-se com ritmos regionais, principalmente no nordeste do país, onde a cultura regionalista é mais acentuada. Após a saída de Vargas em 1945, o samba já era conhecido em todo o Brasil. Nas vozes de Orlando Silva, Cauby Peixoto, entre outros, o samba passou a incorporar aspectos de boleros, chorinhos e serestas.

João Gilberto, baiano de Juazeiro, adorava ouvir as músicas da época no auto-falante da praça central da cidade. Ainda garoto, sonhava em ir morar na capital para fazer sucesso como crooner de um grupo vocal, a nova sensação nos bailes do Rio. O que João não imaginava era que em seu destino havia algo muito maior do que ser apenas um cantor de um grupo vocal...

João Gilberto cantava muito bem. Com uma voz forte, conseguia imitar com perfeição a voz de Orlando Silva nos bailes locais e logo se mudara para Salvador, onde ficou por pouco tempo, pois ao dedicar sua vida à arte não imaginava que seria tão difícil sobreviver somente dela. Voltou a Juazeiro mas recebeu um convite para substituir Lúcio Alves em um conjunto vocal no Rio de Janeiro. Era a chance que estava esperando e, sem se lembrar das dificuldades que vivenciou em Salvador, parte para o Rio de Janeiro em 1950.

Dos grupos vocais surgiriam nomes como João Donato, Garoto e João Gilberto, reconhecidos como grandes músicos hoje, mas na época eram jovens com grande curiosidade musical. Junto com outros meninos da classe média carioca, se reuniam em fã-clubes para ouvir Frank Sinatra e o brasileiro Dick Farney (que estava fazendo um tremendo sucesso no exterior). Esses fã-clubes eram bem fechados em estilos concretos, havendo poucas aceitações daquilo que fosse diferente dos grandes ícones musicais dos anos 1950. Como Dick havia conseguido seu reconhecimento no exterior, o sonho americano dos jovens de classe média passou a ser mais constante.

A rivalidade dos fã-clubes e a influência do Jazz e da música branca norte-americana dominaram esse período no Brasil, mas após 1954 o samba volta a falar mais alto dentro da Bossa Nova de “Chega de Saudades”.

João Gilberto, agora cantando baixinho, conseguia obter do violão uma batida muito diferente do samba, do jazz ou do blues, mas ao mesmo tempo, com elementos de todos os ritmos ouvidos na época facilmente detectados.

No início da década de 1940, Walt Disney dá vida a Zé Carioca, personagem inspirado em um brasileiro que, durante uma visita aos Estados Unidos, chamava tudo o que fosse diferente, inovador de “bossa”. Após a gravação de “Chega de Saudades”, a gíria do malandro carioca passaria a denominar a nova batida de João Gilberto, que passou a ser copiada por outros: surgia assim a Bossa Nova.

Na parte pobre da cidade, pouco depois do surgimento oficial da bossa nova, nascia também no Rio a Jovem Guarda, que era mais simples e mais popular, sendo mais fácil de ouvir do que a Bossa Nova e por isso, cairia nas graças do povo mais rapidamente. Encabeçada por nomes como Roberto e Erasmo Carlos, Tim Maia e Jair Rodrigues, a Jovem Guarda consegue superar a popularidade da Bossa Nova, mas nem por isso ofuscar a beleza e genialidade dos bossa novistas, que iniciam o processo de reconhecimento da música brasileira em outros países, pois agora passaria de influenciada pelo Jazz a influenciadora do mesmo. A internacionalização com “Garota de Ipanema” e “Wave” foi selada com uma apresentação de diversos artistas da bossa nova na badalada casa de espetáculos nova-iorquina Carnegie Hall, em 1962. Já a Jovem Guarda conquistaria as donas de casa com suas letras românticas, beirando à brega, mas perpetuando-se até os dias atuais, diferente da Bossa Nova, que, alienada politicamente, não teria espaço no contexto ditatorial em que o Brasil se envolveria a partir de 1964.

A nova leva de baianos que chegou ao Rio de Janeiro e a São Paulo a partir dos anos 1960 trouxe consigo aquilo que seria a nova motivação dentro da música popular brasileira: o engajamento político.

A música de protesto passa a ser divulgada nos festivais de televisão, que haviam transferido os antigos programas de auditório das rádios para os estúdios da TV Record e da TV Tupi. Durante esses festivais, realizados em centros estudantis como o TUCA, da PUC de São Paulo, para um público preocupado com o caminho político adotado após o golpe de 1964.

Gilberto Gil, Caetano e Maria Bethânia e Tom Zé encabeçavam o movimento intitulado “Tropicália”, que evidenciava uma nova mistura de ritmos nordestinos como de Luiz Gonzaga, das músicas de escravos adotadas pelo samba e agora também da nova (velha) batida de João Gilberto, além da influência das músicas de negros de outras partes do mundo, aproveitando elementos do reggae da Jamaica, do blue norte americano e da música africana contemporânea, fazendo jus ao nome “geléia geral”, título de uma música de Gilberto Gil e Torquato Neto de 1963.

A tropicália mantém um ritmo frenético até o final da década de 1970, junto com os Mutantes de Rita Lee e outros grupos de São Paulo. Surge, também na década de 1970, um grupo chamado Os Novos Baianos. Com a genialidade poética de Moraes Moreira e Luis Galvão, a guitarra rock´n roll de Pepeu Gomes e a voz angelical de Baby Consuelo, os Novos Baianos logo passam a se apresentar nos programas de TV e despontam como a grande sensação de 1969.

Toda essa construção feita ao longo do século XX na cena musical brasileira, composta de genialidade e excentricidade dá todo o suporte necessário para o nascimento, já em fins dos anos 1970 e começo da próxima década, do rock brasileiro, com peculiaridades específicas do plano político brasileiro, bem diferente da pretensão de bandas de países mais estabilizados politicamente, como a Inglaterra e os Estados Unidos.

O rock nacional pregava a liberdade, evidenciada no movimento das “diretas já”, da busca pela liberdade de expressão e das organizações estudantis, sendo essenciais para a redemocratização política do cenário brasileiro e, consequentemente, o fim de penosos vinte e um anos de ditadura militar no Brasil.

A partir de então, a música brasileira tem se mostrado sempre aberta a novas influências, tornando cada vez mais difícil a definição de seus rumos e dos novos caminhos da indústria fonográfica no país, assim como no mundo globalizado. Cabe ao garimpeiro da música brasileira o trabalho de evidenciar essa dificuldade e cuidar para que a música popular brasileira continue contribuindo para a identidade pluricultural do país, perpetuando a importância da música nacional para o resto do mundo, vivenciada no passado e hoje mais do que nunca.

20 de setembro de 2010

Eleições do pão e circo...

Promotoria denuncia Tiririca à Justiça por falsidade ideológica
ROGÉRIO PAGNAN (folha de S. Paulo)
DE SÃO PAULO

O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça o candidato Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o palhaço Tiririca, por falsidade ideológica.
Em entrevista concedida à revista "Veja", o humorista afirmou que declarou ao TSE não possuir nenhum bem, pois teria colocado todo o seu patrimônio em nome de terceiros, depois de responder a processos trabalhistas de sua ex-mulher.
O promotor eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Tiririca, assim como cópias de processos contra ele que tramitam em segredo de Justiça no Ceará.
Pela mesma entrevista e pelo mesmo motivo, a Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo --órgão do Ministério Público Federal-- encaminhou ofício à Justiça Eleitoral no último dia 10 para adoção das medidas cabíveis contra possível crime eleitoral cometido por Tiririca.
Divulgação

Tiririca é denunciado pela Promotoria por falsidade ideológica
HISTÓRICO
Tiririca é candidato a deputado federal em São Paulo. Entre suas propostas, pretende atender o povo do nordeste, que segundo ele, é muito discriminado. Também quer criar incentivos para artistas de circo. Na educação, quer incluir nas escolas atividades como artesanato, canto e costura.
Ele tem forte ligação com sua mãe, que incentiva a sua candidatura. Foi ela quem lhe deu o apelido pelo qual se tornou conhecido.
Embora diga no horário eleitoral gratuito que, se eleito, pretende ajudar "inclusive" sua família, Tiririca já foi destaque de páginas policiais em um caso violência doméstica. Em 1998, o palhaço foi levado de camburão à 6º Delegacia Seccional de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, acusado de agredir a tapas Rogéria Mariano da Silva, sua mulher. Mais tarde, ela retirou a queixa.
Confira os melhores trechos da entrevista que a Folha publicou no dia 24 de agosto:

Folha - Por que você decidiu se candidatar?
Tiririca - Eu recebi o convite há um ano. Conversei com minha mãe, ela me aconselhou a entrar porque daria pra ajudar as pessoas mais necessitadas. Eu tô entrando de cabeça.
Sabe o que o PR propõe, como se situa na política?
Cara, com sinceridade, ainda não me liguei nisso aí, não. O meu foco é nessa coisa da candidatura, e de correr atrás. E caso vindo a ser eleito, aí a gente vai ver.
O que você poderia fazer pelos nordestinos?
Acabar com a discriminação, que é muito grande. Eu sei que o lance da constituição civil, lei trabalhista... A gente tem uma porrada de coisa que... de cabeça assim é complicado pra te falar. Mas tá tudo no papel, e tá beleza. Tenho certeza de que vai dar certo.
O que você conhece sobre a atividade de deputado?
Pra te falar a verdade, não conheço nada. Mas tando lá vou passar a conhecer.
Até agora você não sabe nada sobre a Câmara?
Não, nada.
Por que seu slogan é 'pior que tá, não fica?
Eu acho que pior que tá, não vai ficar. Não tem condições. Vamos ver se, com os artistas entrando, vai dar uma mudança. Se Deus quiser, pra melhor.
Esse slogan é um deboche, uma piada?
Não. É a realidade. Pior do que tá não fica.
Você pretende se vestir de Tiririca na Câmara?
Não, de maneira alguma.
Em quem votou para deputado na última eleição?
Pra te falar a verdade, eu nunca votei. Sempre justifiquei meu voto.

23 de agosto de 2010

Vestibular da UNICAMP

Vestibular da unicamp recebe inscrições a partir de segunda feira

Prazo vai até 8 de outubro.
Neste ano, provas terão novos formatos. 

 


A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) recebe a partir desta segunda-feira (23) as inscrições para o vestibular Unicamp 2011. O prazo termina em 8 de outubro. As inscrições devem ser feitas no site da Comvest. A taxa custa R$ 120.
O vestibular Unicamp 2011 oferece 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). O kit do vestibulando (Manual do Candidato e Revista do Vestibulando) é gratuito e está disponível para consulta e impressão no site da Comvest.
Neste ano haverá mudanças no formato das provas. Na primeira fase, no dia 21 de novembro, o candidato terá de produzir três textos de gêneros diversos, todos de execução obrigatória. O número de questões passará de 12 questões dissertativas para 48 questões de múltipla escolha. Serão 12 questões de matemática, 18 de ciências humanas e artes, e 18 de ciências da natureza.
A segunda fase passará a ser realizada em três dias (16, 17 e 18 de janeiro de 2011) e não mais em quatro. Serão aplicadas três provas de 24 questões dissertativas em cada. No primeiro dia, os candidatos vão responder 12 questões de língua portuguesa e de literaturas da língua portuguesa e 12 questões de matemática; no segundo dia, 18 questões na área de ciências humanas e artes e seis questões de língua inglesa; e no terceiro dia, 24 questões na área de ciências da natureza.
Além das mudanças no formato das provas, haverá alterações de tempo e horário. A duração da prova da primeira fase passará de quatro para cinco horas. Já a duração da segunda fase está mantida em quatro horas a cada dia de prova.
O acesso aos locais de provas será permitido até as 13 horas, tanto na primeira quanto na segunda fase. A recomendação da Comvest é para que os candidatos cheguem com pelo menos uma hora de antecedência.

18 de agosto de 2010

Jogo sobre a cabanagem

 Olha o vício!!!

Acabei achando também um outro jogo em português - e grátis tb - sobre a Cabanagem...Aqueles que estão vendo história do Brasil, período Regencial pode aprender o contexto observando a sociedade, cultura e economia da época!!!

Link para download:
http://www.larv.ufpa.br/index.php?r=jogo_cabanagem

2 de agosto de 2010

Tríade - jogo sobre a Revolução Francesa

Olá leitores. Encontrei esse jogo na net, grátis, sobre a Revolução Francesa, inteiramente em português. Segue o link da postagem e um vídeo sobre o jogo.

Gostou? aí está o link para download
http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/triade/download_triade.php?os=win

Divirtam-se...

28 de junho de 2010

ENEM 2010 não vale para FUVEST e Unicamp

Fuvest e Unicamp decidem não usar nota do Enem no vestibular 2011
Motivo é data da realização do exame, segundo comunicados.
No ano passado, vestibulares também não usaram notas.


A Fuvest, que realiza o vestibular da Universidade de São Paulo (USP), e a Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), responsável pelo vestibular da Unicamp, divulgaram nesta segunda-feira (28) comunicados em que informam que não usarão a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no vestibular 2011. De acordo com os textos, o motivo é a data da realização do Enem, marcado para 6 e 7 de novembro.
"No presente ano de 2010, a fixação das datas de realização do Enem nos dias 6 e 7 de novembro, mais uma vez, inviabiliza o uso das suas notas no exame Vestibular Fuvest 2011, que deve obedecer a um calendário, estabelecido no início do presente ano e atrelado às datas de matrículas da Universidade de São Paulo", diz o comunicado da Fuvest.
"Como os resultados da primeira fase do vestibular serão divulgados no dia 20 de dezembro de 2010, a utilização das notas do Enem se torna inviável, uma vez que o INEP informou que divulgará os resultados em janeiro de 2011", disse a Comvest. Na Unicamp, as notas das provas de múltipla escolha do Enem são utilizadas para compor a nota final dos candidatos na primeira fase.
Segundo o texto da Fuvest, a USP mantém o interesse no uso da nota do Enem, em futuros concursos vestibulares, "por entender ser esta uma avaliação do ensino Médio muito respeitada".
O comunicado explica que a USP sempre utilizou os resultados do Enem para compor as notas no vestibular. Inicialmente, os resultados eram usados apenas na composição da nota da primeira fase. Mais recentemente, foram também utilizados para compor o bônus para alunos de escolas públicas, dentro do programa Inclusp.
No ano passado, devido ao atraso da aplicação do Enem, motivado pelo vazamento da prova às vésperas da aplicação, em outubro, a Fuvest e a Comvest não utilizaram as notas.

24 de junho de 2010

LIBERDADE DE EXPRESSÃO... DEXA EU FALA F....... (By Raimundos)

Junte se a nós e participe do DiaSemGlobo em apoio a Dunga.
O técnico da seleção brasileira abriu fogo contra a Rede Globo.Dunga deu na canela do comentarista Alex Escobar, da Globo. Poucas horas depois, um dos apresentadores do programa Fantástico, Tadeu Schmidt, da África leu um editorial da emissora detonando Dunga.
Tudo tem um porque, antes do ataque ao Dunga no Fantástico, o Jornal O Globo já havia descido a lenha na seleção e principalmente no seu treinador.

Qual a razão dessa súbita mudança de comportamento ?

Vamos aos fatos :

Segunda feira, véspera do jogo de estréia da seleção brasileira contra a Coréia do Norte, por volta de 11 horas da manhã, hora local na África do Sul.

Eis que de repente, aportam na entrada da concentração do Brasil, dona Fátima Bernardes, toda-poderosa Primeira Dama do jornalismo televisivo, acompanhada do repórter Tino Marcos e mais uma equipe completa de filmagem, iluminação etc.

Indagada pelo chefe de segurança do que se tratava, a esposa do poderoso William Bonner sentenciou :

“ Estamos aqui para fazer uma REPORTAGEM EXCLUSIVA para a TV Globo, com o treinador e alguns jogadores...”

Comunicado do fato, o técnico Dunga, PESSOALMENTE dirigiu-se ao portão e após ouvir da sra.
Fátima o mesmo blá-blá-blá, foi incisivo, curto e grosso, como convém a uma pessoa da sua formação:
“ Me desculpe, minha senhora, mas aqui não tem essa de “REPORTAGEM EXCLUSIVA” para a rede Globo.
Ou a gente fala pra todas as emissoras de TV ou não fala pra nenhuma...”

Brilhante !!! Pela vez primeira em mais de 40 anos, um brasileiro peitava publicamente a Vênus Platinada !!!

“ Mas... - prosseguiu dona Fátima - esse acordo foi feito ontem entre o Renato ( Maurício Prado, chefe de redação de esportes de O Globo ) e o Presidente Ricardo Teixeira. Tenho autorização para realizar a matéria”.

Dunga: - “ Não tem autorização nem meia autorização, aqui nesse espaço eu é que resolvo o que é melhor para a minha equipe.
E com licença que eu tenho mais o que fazer. E pode mandar dizer pro Ricardo ( Teixeira ) que se ele quer insistir com isso, eu entrego o cargo agora mesmo!”

O treinador então virou as costas para a supra sumo do pedantismo e saiu sem ao menos se despedir.

Dunga pode até perder a classificação, a Copa , seu time pode até tomar uma goleada, qualquer fiasqueira na África, mas sua atitude passa à história como um exemplo de coragem e independência frente a uma das instituições privadas mais poderosas no País e que tem por hábito impor suas vontades, eis que é líder de audiência e por isso se acha acima do bem e do mal.

Em linguagem popular, o Dunga simplesmente mijou na Vênus Platinada ! Sugiro uma estátua para ele!!!
Após a poderosa Globo a mesma que levou o Collorido ao poder e depois o detonou por seus interesses, agora difama o Dunga, tá certo que o cara é meio Ogro, mas não teve o direito de se defender dos ataques em momento algum.
Falar mal do cara é liberdade de imprensa
Ouvir o cara não pode?
A reação do povo foi imediata.O editorial lido no programa "Fantástico", da Rede Globo, deu repercussão no mundo virtual.
E pela primeira vez na história o Brasil inteiro apóia o técnico da Seleção. Só a Globo para conseguir isso...
Dentre os assuntos mais comentados no Twitter nesta segunda-feira (21), a frase "Cala boca, Tadeu Schmidt" era líder absoluta --superou até a antecessora "Cala Boca, Galvão", que liderou por dias seguidos os Trending Topics.
E não parou por ai. Em apoio ao técnico da seleção brasileira, os twiteiros lançaram o "DiaSemGlobo",
que será nessa sexta-feira, quando o Brasil vai jogar com a seleção de Portugal, no encerramento da primeira fase da copa.

Todo mundo na Band, ou em outra emissora,
não vamos sintonizar a Globo na sexta-feira,
temos que começar a deixar de ser gado manso,
mostrar que não somos trouxas manipuláveis

8 de junho de 2010

Disputa por terras - MST e a reforma agrária que não aconteceu

Invasões ocasionadas pela má distribuição de terras são uma constante no território nacional. Diariamente, os meios de comunicação divulgam informações que demonstram a insatisfação do povo com as pífias medidas do governo frente a tão esperada reforma agrária. Na imagem à seguir, militantes do MST invadem sede do incra em Belo Horizonte.

24 de maio de 2010

13 de maio de 2010

O QUE COMEMORAR NO DIA 13 DE MAIO?


A libertação dos escravos - 13 de maio
 
.

Rio de Janeiro, 13 de maio de 1888. Cerca de 10 mil pessoas se aglomeram em volta do Paço, o palácio do governo na capital federal. É gente do povo, da alta sociedade e autoridades que aguardam a chegada da princesa Isabel para a assinatura da lei de número 3.353, a Lei Áurea, a mais comentada e festejada de toda a história do Brasil até aquela época. Ela encerrava quase quatro séculos de escravidão de negros no Brasil. Hoje, a Lei Áurea faz parte da história. Não é mais comemorada com a mesma alegria de antigamente, nem mesmo pelos negros, os principais beneficiados. Participantes do Movimento Negro no Brasil consideram que a lei foi apenas uma conquista na área jurídica, pois obrigou o fim da escravidão. Mas não houve conquista social: os negros permaneceram marginalizados na sociedade e até hoje lutam contra o preconceito.

O 13 de Maio
Filha do imperador D. Pedro II, a princesa regente Isabel governava o país pela terceira vez, pois seu pai estava doente. No dia 13 de maio, ela chegou ao Paço quase às três horas da tarde, trajando um vestido de seda de cor pérola com rendas. O povo gritava de alegria. Instantes depois, ela assinaria a lei que dava liberdade a todos os escravos do Brasil. Da sacada do Paço, senhoras jogavam flores sobre a princesa e seu marido, o conde D'Eu, que subiam as escadas para ir ao local da cerimônia, a Sala do Trono.

Libertos, mas marginalizados
Um ano e meio mais tarde, a princesa Isabel, que seria a próxima imperatriz e a primeira mulher a governar o país, perdeu o trono com a Proclamação da República, em novembro de 1889. Os presidentes republicanos nunca tomaram nenhuma medida para integrar os ex-escravos e seus descendentes à sociedade. Apesar de libertos, os negros não receberam condições de ascender socialmente e de tornarem-se cidadãos de fato. O preconceito contra eles e a escassez de oportunidades permanece ainda hoje, quando os descendentes de africanos (negros e pardos) são 45% da população brasileira (cerca de 70 milhões de pessoas).

Leis anteriores à abolição

Lei Eusébio de Queirós (1850)
Aprovada em 4 de setembro de 1850, determinou o fim do tráfico de escravos para o Brasil e determinava penas severas para os traficantes. Apesar de proibir o desembarque de negros africanos nos portos brasileiros, os últimos 200 escravos trazidos para o país desembarcaram em Pernambuco em 1855.

Lei do Ventre Livre (1871)
Aprovada em 28 de setembro de 1871, declarava libertos os filhos das escravas nascidos a partir da aprovação da lei. Quem comandou a aprovação da lei, a pedido do imperador d. Pedro II, foi o senador José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco. Por isso, a lei de número 2.040 é também conhecida como Lei Rio Branco. Os defensores da Lei do Ventre Livre afirmavam que ela, junto com a proibição do tráfico negreiro, garantia que a escravidão no Brasil fosse extinta aos poucos. Os donos de escravos, por sua vez, temiam ficar sem mão-de-obra para trabalhar em suas plantações. Eles acusavam o governo de querer provocar uma crise econômica ao decretar essa lei. A Lei do Ventre Livre, porém, teve pouco efeito prático: dava liberdade aos filhos de escravos, mas os mantinha sob a tutela dos donos das mães até os 8 anos ou até completarem 21 anos.


Lei dos Sexagenários (1885)
Lei de número 3.270, aprovada coincidentemente em 28 de setembro e também chamada Lei Saraiva-Cotegipe, libertava os escravos com mais de 65 anos. Esta lei também não ajudou quase nada, pois poucos escravos conseguiam viver mais de 40 anos: trabalhavam demais, comiam pouco e as senzalas não lhes davam nenhum conforto. Além disso, a maioria dos escravos vestia trapos, não tinha roupas quentes para se proteger no inverno e quando ficavam doentes, continuavam trabalhando e não contavam com nenhum
cuidado especial.


Glossário
Pelourinho: coluna de pedra ou de madeira em que eram amarrados escravos e criminosos para castigo público, como chicotadas.
Pau-de-arara: trave de madeira horizontal em que os negros eram amarrados pelas mãos e pelas pernas, ficando suspensos no ar.

A Lei Áurea
O original da Lei Áurea e seu texto

“A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:

Art. 1º – É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.

Art. 2º – Revogam-se as disposições em contrário.”

---------------------------------
* O que disseram os jornais

Veja como a imprensa da antiga capital federal, o Rio de Janeiro, noticiou a assinatura da Lei Áurea e a reação da população:
"Está extinta a escravidão no Brasil. Desde ontem, 13 de maio de 1888, entramos para a comunhão dos povos livres. Está apagada a nódoa da nossa pátria. Já não fazemos exceção no mundo."
O Paiz, 14 de maio de 1888
"Em todos os pontos do império repercutiu agradavelmente a notícia da promulgação e sanção da lei que extingüiu no Brasil a escravidão. Durante a tarde e a noite de ontem fomos obsequiados com telegramas de congratulações em número avultado e é com prazer que publicamos todas essas felicitações, que exprimem o júbilo nacional pela áurea lei que destruiu os velhos moldes da sociedade brasileira e passou a ser a página mais gloriosa da legislação pátria."
O Paiz, 14 de maio de 1888
"O povo que se aglomerava em frente ao Paço, ao saber que já estava sancionada a grande Lei, chamou Sua Alteza, que aparecendo à janela, foi saudada por estrepitosos 'vivas'."
Gazeta da Tarde, 15 de maio de 1888
"Continuaram ontem os festejos em regozijo pela passagem da Lei Áurea da extinção da escravidão. A rua do Ouvidor esteve cheia de povo todo o dia e durante uma grande parte da noite, sendo quase impossível transitar-se por esta rua. Passaram [...] os estudantes da Escola Politécnica, os empregados da câmara municipal e o Club Abrahão Lincoln, composto de empregados da estrada de ferro D. Pedro II, todos acompanhados de bandas de música."
O Paiz, 15 de maio de 1888
"Geral o contentamento, enfim, transbordando da grande alma popular, que andava cantando a epopéia homérica da redenção."
Cidade do Rio, 18 de maio de 1888.

6 de maio de 2010