2 de maio de 2010

Pesquisa de uma aluna...


Após uma atividade sobre os conflitos no Oriente Médio, eis o que uma aluna do 7o ano me enviou:

Os jornais escritos e a TV têm relatado quotidianamente o violento conflito no Líbano envolvendo Israel e o grupo Hezbollah, possível seqüestrador de soldados israelenses. Por vezes, a grande opinião pública não tem clareza das origens deste conflito e dos diversos enfrentamentos que ocorrem na região.

É importante perceber que as batalhas do Líbano fazem parte de um contexto maior e este conflito não surge ao acaso, ao mesmo tempo em que não é fruto exclusivo de diferenças religiosas ou étnicas. A disputa no Oriente Médio é uma disputa entre várias nacionalidades pelo direito a um território digno para seus povos.

A grande diferença entre Israel e seus vizinhos é a reivindicação do mesmo espaço geográfico. Nesta luta, os israelenses contam com um auxílio nada desprezível dos EUA e de outras potências da atualidade que dão a este pequeno país um dos mais completos exércitos do mundo. Israel é um dos países que mais recebe investimentos norte americanos em armamentos.

Do outro lado, temos os povos libaneses, palestinos, entre outros. São povos excluídos por este arsenal bélico desde o distante 1948, quando a ONU autorizou a instalação de um Estado judeu nas terras pertencentes naquele momento aos povos palestinos. Foi uma grande vitória do chamado Movimento Sionista, que desde 1897 junto às suas concepções conservadoras, trabalhou no sentido da colonização da palestina dizendo ser uma forma de ajuda aos irmãos judeus mais pobres, o que na verdade é uma retórica que escondeu o verdadeiro projeto sionista que pretendia salvaguardar as riquezas judias do crescente anti-semitismo na Europa entre 1930 e 1940.

Para eles, era melhor enviar boa parte dos descendentes judeus para um lugar como o Oriente Médio cumprindo vários propósitos, inclusive indo além da mística e da religião: há a necessidade de um Estado tampão obediente naquela região islâmica, conflituosa com os interesses norte-americanos pelas concepções histórias do Alcorão.

Apesar das vantagens materiais desde sua fundação, os exércitos israelenses enfrentam dificuldades para combater grupos armados e a ação popular daqueles que são movidos pela necessidade de conquistar terra e justiça nas suas vidas.

Especificamente neste conflito atual, Israel reage de maneira desproporcional afetando a vida de centenas de civis de diversas nacionalidades. Agem por cima das deliberações da ONU, entidade enfraquecida ante as ações das grandes potências e de seus aliados. A ação do Hezbollah se insere num contexto de enfrentamento militar e assim deveria ser enfrentado, sem ameaça para civis.

A agressão israelense no território libanês merece o repúdio internacional e de todos que acreditam na justiça e nos direitos mínimos do cidadão. Israel precisa resolver seus problemas sem colocar em risco a vida de inocentes em todas as faixas etárias. Nada justifica o terrorismo oficial do Estado israelense, nem o combate ao terrorismo não oficial do Hezbollah.

De qualquer maneira, são mínimas as chances de paz enquanto houver o Estado israelense historicamente invasor e agressor das nacionalidades daquela região. Independente da origem semita comum entre israelenses e seus vizinhos (desde os antigos hebreus e filisteus), nem a diáspora judaica nem o holocausto da Segunda Guerra justificam o massacre e o terrorismo estatal perpretado há décadas pelo Estado judeu. A luta pela paz exige justiça e também é uma luta contra o Estado de Israel, por um Estado multiétnico palestino na região e pelo fim dos cemitérios libaneses e palestinos oriundos destes conflitos.

fonte: http://www.duplipensar.net/artigos/2006-Q3/libano-palestina-israel-crise-no-oriente-medio.html    
Data de pesquisa: 01/05/10.

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